quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA


A arquitetura contemporânea são características globais, visto que a estetização e espetaculização são mecanismos de produção e ocupação da paisagem arquitetônica e espaços coletivos. A globalização foi o carro chefe, o arquiteto passa a ter outro perfil. Construindo uma imagem de homem de negócios do que um profissional da arquitetura, ele passa a ter mais importância do que a própria profissão. O arquiteto globalizado acredita que a prestação de serviços significa fazer o que o cliente quer e ficar refém do mercado, eles se importam mais com as paisagens da cidade, se importam com a arquitetura embelezada, não se importando mais com os aspectos culturais e sociais da arquitetura.     As maiorias das transformações urbanas contemporâneas estão relacionadas a empreendimentos de grande escala, com isso, o investidor da área do empreendimento passa a ter controle sobre as decisões, começa a envolver ideias de custo e lucro, não dando a devida importância ao conforto que seria primordial em um projeto de arquitetura. O arquiteto chega a ser tão limitado em relação a grandes empreendimentos devido a custos que a sua importância acaba sendo mesmo somente a assinatura do projeto. Porém, vale ressaltar, que esses investidores influenciam também na urbanização dessas grandes áreas. Outra característica da crise é a substituição de espaços públicos para espaços coletivos privatizados, as pessoas preferem irem se encontrarem em um shopping, onde terão as mesmas finalidades, invés de se encontrarem  em uma praça publica, consequentemente ela ira consumir nesse shopping. O edifício passa a seguir uma moda, tendência da época, e está virando uma completa mistura , nas cidades os arquitetos deixam a funcionalidade de lado e abraçam tendências e obras que sejam mais impactantes e a alto publicidade. As cidades são formadas como um espetáculo, uma vitrine. As cidades passam a ser muito mais vistas para o lucro, deixando de lado a funcionalidade e conforto cultural de quem vive nela.


Loja Forma, São Paulo, 1987, Paulo Mendes da Rocha. Solução formal e construtiva responde ao programa e ao lugar onde o edifício foi construído, mas consegue transcendê-los, gerando uma pequena obra-prima.


Residencial Barcelona, Sete Lagoas, MG, 1997, Carlos Alberto Maciel. Duas barras paralelas configuram um pátio, solução formalmente clara que cria graus crescentes de privacidade.


DPTO Propaganda e Marketing, São Paulo, 1994-95, MMBB. A forma intensa se impõe sobre o caos circundante. A sobreposição de planos de fachada resolve os problemas climáticos e de privacidade.

Catedral da Sagrada Família, Campo Limpo, SP, 1997, Projeto Paulista de Arquitetura. Agrupamento de blocos prismáticos responde à configuração do lugar e adquire transcendência pelo uso da luz e pela variação em altura, recursos que reforçam a hierarquia do programa.

Casa em Rio Bonito, Nova Friburgo, RJ, 2002, Carla Juaçaba. Um objeto de pequeno tamanho que se torna perceptivamente grande pela integração dos espaços internos e destes com o exterior. Interessante contraposição de peso e leveza, opacidade e transparência. A pedra é usada sem sentimentalismo

           Os arquitetos e urbanistas devem trabalhar funcionalidade e estética juntos não pensando o edifício apenas como uma forma publicitaria, e não deve ser um vendedor apenas, mais também um realizador. Deve apresentar ideias e soluções e provar para o cliente ou investidor que apesar do produto ser mais caro no momento ele será mais vantajoso e econômico com o passar do tempo, além de pensar no futuro da edificação e não só no momento.
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