A arquitetura contemporânea são características globais, visto
que a estetização e espetaculização são mecanismos de produção e ocupação da
paisagem arquitetônica e espaços coletivos. A globalização foi o carro chefe, o
arquiteto passa a ter outro perfil. Construindo uma imagem de homem de negócios
do que um profissional da arquitetura, ele passa a ter mais importância do que
a própria profissão. O arquiteto globalizado acredita que a prestação de
serviços significa fazer o que o cliente quer e ficar refém do mercado, eles se
importam mais com as paisagens da cidade, se importam com a arquitetura embelezada,
não se importando mais com os aspectos culturais e sociais da arquitetura. As maiorias das transformações urbanas contemporâneas estão
relacionadas a empreendimentos de grande escala, com isso, o investidor da área
do empreendimento passa a ter controle sobre as decisões, começa a envolver
ideias de custo e lucro, não dando a devida importância ao conforto que seria
primordial em um projeto de arquitetura. O arquiteto chega a ser tão limitado
em relação a grandes empreendimentos devido a custos que a sua importância
acaba sendo mesmo somente a assinatura do projeto. Porém, vale ressaltar, que esses
investidores influenciam também na urbanização dessas grandes áreas. Outra
característica da crise é a substituição de espaços públicos para espaços
coletivos privatizados, as pessoas preferem irem se encontrarem em um shopping,
onde terão as mesmas finalidades, invés de se encontrarem em uma praça publica, consequentemente ela ira
consumir nesse shopping. O edifício passa a seguir uma moda, tendência da época,
e está virando uma completa mistura , nas cidades os arquitetos deixam a
funcionalidade de lado e abraçam tendências e obras que sejam mais impactantes
e a alto publicidade. As cidades são formadas como um espetáculo, uma vitrine.
As cidades passam a ser muito mais vistas para o lucro, deixando de lado a
funcionalidade e conforto cultural de quem vive nela.
Residencial Barcelona, Sete Lagoas, MG, 1997, Carlos Alberto Maciel. Duas barras paralelas configuram um pátio, solução formalmente clara que cria graus crescentes de privacidade. |
DPTO Propaganda e Marketing, São Paulo, 1994-95, MMBB. A forma intensa se impõe sobre o caos circundante. A sobreposição de planos de fachada resolve os problemas climáticos e de privacidade. |
Os arquitetos e urbanistas devem trabalhar funcionalidade
e estética juntos não pensando o edifício apenas como uma forma publicitaria, e
não deve ser um vendedor apenas, mais também um realizador. Deve apresentar
ideias e soluções e provar para o cliente ou investidor que apesar do produto
ser mais caro no momento ele será mais vantajoso e econômico com o passar do
tempo, além de pensar no futuro da edificação e não só no momento.
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